Na imponente Serra da Boa Viagem, para além da rica biodiversidade, da paz e do sossego reinantes, podem apreciar-se estrondosas paisagens a perder de vista, para norte e para sul, ou para a vastidão azul do oceano a oeste. No topo e nas encostas, encontramos o frondoso Parque Florestal da Boa Viagem, área protegida com cerca de 400 hectares, cheia de recantos e trilhos maravilhosos, ideal para caminhadas, cycling, contemplação ou piqueniques refrescantes.
O magnífico Miradouro da Bandeira, além de espaço aprazível de descanso e merendas, oferece uma panorâmica ímpar sobre a encosta norte da serra, o oceano Atlântico e a vasta planície gandaresa, alargando-se a vista até à Praia de Mira, ou mais para norte em dias descobertos.
Na ponta da Serra que mergulha no Atlântico, entre as praias de Quiaios e da Figueira da Foz, encontramos o Cabo Mondego, monumento natural classificado e protegido desde 2007, com enorme valor geológico e paleontológico, com as suas importantes referências jurássicas. Além do Farol do Cabo Mondego, de várias praias selvagens e zonas escarpadas, onde se aventuram os pescadores desportivos, também apresenta relevante património mineiro, já que durante séculos funcionaram aqui minas subterrâneas de carvão e de exploração de cal hidráulica a céu aberto, que consumiu grande parte da paisagem original do Cabo. Aconselhamos, claro, a percorrer a estrada que percorre o Cabo pelo litoral, passando pelo Farol e pela novíssima estrada panorâmica que liga à Murtinheira, talvez a rota mais bonita do concelho, sobretudo ao final da tarde (não aconselhável a peões).
Também é conhecido pela programação constante de espetáculos, que vão desde concertos de música ao vivo a festas temáticas, shows residentes e eventos corporativos. Com uma equipa experiente e dedicada, este espaço é ideal para um fim de noite animado ou para uma noite de diversão com amigos.
Além disso, possui um restaurante gourmet, o excelente Páteo do Casino, e um bar, onde é possível desfrutar de uma grande variedade de pratos e bebidas, tributo inovador à gastronomia tradicional portuguesa, em ambiente elegante e confortável.
O pulmão da cidade. Este vasto espaço verde que “rasga” a zona urbana em dois é atravessado por uma ribeira que nasce na Serra da Boa Viagem e mantém este extenso vale mais refrescante e mais húmido nos meses mais quentes. Dotado de estruturas de lazer e desporto – power station no topo norte, campos de basquetebol e futebol, trilho de running e cycling ou equipamentos de manutenção – “as Abadias”, como lhe chamam os locais, é um espaço de excelência para famílias, proporcionando ainda um bom parque infantil e bastante sombra para piqueniques urbanos ou simplesmente para caminhar. Local central, rodeado de muito comércio e serviços.
Aqui encontramos ainda alguns dos mais relevantes espaços culturais do concelho, como a Biblioteca Municipal e o Museu Santos Rocha ou o Centro de Artes e Espetáculos, ambos premiadas peças de arquitetura com uma dinâmica agenda de eventos para todas as idades.
Apesar de ser principalmente um extenso relvado, o parque conta com uma notável coleção de árvores autóctones portuguesas, algumas monumentais, tais como o Amieiro, o Choupo-negro, o Choupo-branco, o Chorão, a Tília, a Azinheira, o Carvalho-roble, o Freixo, o Bordo, a Tipuana, o Carvalho-negral, o Castanheiro ou o Pinheiro-manso. Mais recentemente, foi beneficiado com algumas áreas designadas como «jardins polinizadores», protegidas dos habituais cortes, onde cresce uma vegetação silvestre mais luxuriante.
O Mercado Municipal Engenheiro Silva é um local histórico e de grande importância para a comunidade local. O ponto forte é o peixe, mas oferece uma grande variedade de produtos frescos, flores, vestuário, vinhos, queijos, talho e muito mais, além de se afirmar como um ponto de encontro para a comunidade, visto que aqui também se pode encontrar um balcão da Loja do Cidadão, a Universidade Senior da Figueira da Foz ou um espaço de co-working.
Aos fins de semana, as manhãs são mais movimentadas e vibrantes, com as bancas repletas de cores, cheiros e sabores frescos. Mas mais do que sobre produtos, o mercado é sobre pessoas: comerciantes locais que aqui trabalham, alguns, há gerações, sempre dispostos a partilhar as suas histórias e as características dos seus produtos com vivacidade, oferecendo uma verdadeira imersão na cultura local e fazendo deste um espaço absolutamente fundamental na lista de pontos a visitar na Figueira da Foz, sobretudo se é apreciador de experiências genuínas.
O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz é uma das mais emblemáticas infraestruturas culturais da região centro. Projetado pelo arquiteto Luís Marçal Grilo e inaugurado em 2002, este espaço multifacetado tem como missão promover a diversidade e a excelência artística, acolhendo espetáculos de teatro, música, dança, cinema e exposições. Com uma arquitetura arrojada e funcional e um grande átrio/jardim acolhedor com esculturas e aberto ao público, o CAE conta ainda com uma grande sala de espetáculos para 800 pessoas, um auditório com cinema independente todas as sextas-feiras, várias salas de exposições e de ensaio, bem como uma livraria, o Espaço Bruaá, especializada em literatura infantil e juvenil, bem como um restaurante de grande qualidade com vista sobre o Parque das Abadias, o Olaias, galardoado novamente em 2025 com a distinção Bib Gourmand do Guia Michelin.
Dispõe ainda de uma escola de artes e de um vasto e constante programa de atividades culturais e exposições para todos os públicos e idades, contribuindo para o enriquecimento cultural da região. Nas traseiras, encontra um belo e resguardado anfiteatro ao ar livre, um refúgio rodeado de imponentes árvores que convidam a momentos mais tranquilos, perto mas longe da agitação da cidade, que muitos aproveitam simplesmente para ler.
Situado no Parque das Abadias, num edifício icónico projetado por Isaías Cardoso, o Museu Municipal da Figueira da Foz apresenta várias coleções variadas e extremamente interessante, que inclui desde esculturas renascentistas a mobiliário indo-português, a armas antigas e da I Grande Guerra ou a uma coleção etnográfica de origem africana, brasileira e oriental, destacando-se ainda uma exposição permanente de arqueologia, sobretudo pré-histórica, que retrata sobretudo o trabalho dedicado de um dos pais da arqueologia nacional, António dos Santos Rocha, seu fundador e primeiro diretor. O Museu é uma excelente opção para quem procura conhecer um pouco mais acerca da história e cultura da região, e não só…mento cultural da região. Nas traseiras, encontra um belo e resguardado anfiteatro ao ar livre, um refúgio rodeado de imponentes árvores que convidam a momentos mais tranquilos, perto mas longe da agitação da cidade, que muitos aproveitam simplesmente para ler.
A atual “jóia da coroa” do património histórico e arquitetónico do interior do concelho, o Mosteiro de Seiça, na freguesia de Paião, é um impressionante exemplar de complexo monástico medieval português, no contexto dos mosteiros da ordem religiosa de Cister, que foram fundamentais na fundação da nacionalidade e no desbravamento do território português após a Reconquista – o mosteiro é referido em documentos de 1162.
Tal como Alcobaça ou Lorvão, o Mosteiro de Seiça é guardião dessa memória cisterciense, tendo sido completamente reabilitado em 2023 pelo Município, voltando a revelar parte do seu esplendor. Rodeado de campos agrícolas e floresta, este grandioso Monumento Nacional é um dos pontos de paragem obrigatória da grande rota Eurovelo da Costa Atlântica.
O Mosteiro sofreu obras profundas de remodelação, tendo sido recentemente inaugurado. Visitas de quarta-feira a domingo, das 14h00 às 18h00. Consulte aqui os valores de entrada
Sede da Paróquia da Figueira da Foz, é um dos principais templos católicos do concelho e conta uma história com quase mil anos, indo às raízes da história da cidade. A primitiva igreja da Figueira da Foz, edificada ou reconstruída pelo Abade Pedro em 1080, esteve na origem da povoação, então designada S. Julião da Foz do Mondego. Nada restando da fundação original, a atual igreja, classificada como imóvel de interesse público desde 2012, é uma reedificação do século XVIII com diversas intervenções posteriores. No seu interior, de nave única, destaca-se uma capela lateral com um retábulo de pedra do séc. XVI, proveniente do Mosteiro de Seiça, além de pinturas de 1784 e esculturas dos séculos XVI e XVIII. Em excelente estado de conservação, mantém plena atividade litúrgica e merece sem dúvida uma visita demorada.
Um dos edifícios mais marcantes da frente ribeirinha da cidade, a Casa do Paço é também um dos que tem a história mais rica, com diversas “vidas” e funções desde que foi construído no século XVII. Começou por ser a habitação de veraneio do Bispo-Conde de Coimbra, D. João de Melo, mantendo-se propriedade da família Melo até ao início do século XIX, tendo tido desde então vários proprietários e utilizações, inclusive como primeiro Museu Municipal, como sala de teatro e como sala de visitas protocolar da Figueira da Foz.
Mas o que a torna verdadeiramente distinta é a sua coleção de azulejaria holandesa de inícios do século XVIII, com cerca de 6700 mil azulejos de Delft, cada um deles uma obra individual, única no mundo e que merece sem dúvida uma visita atenta, principalmente para amantes desta bela arte decorativa. A azulejaria e os salões visitáveis estão no chamado “piso nobre”, com entrada por um belo jardim no lado oposto ao rio. Também alberga agora, nas alas laterais, a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, e no piso térreo, comércios e serviços.
Um verdadeiro ícone da paisagem litoral figueirense, esta imponente fortificação costeira protegeu a barra e a baía da Figueira da Foz durante séculos, seja na sua função como farol (entre 1988 e 1991), seja na sua função militar, tendo tido particular protagonismo nas Invasões Napoleónicas, como atesta de resto a inscrição que se pode ler à entrada.
O Forte foi construído entre o século XVI e XVII e assistiu a diversas batalhas, mas há muito que é um local privilegiado de paz e de lazer, e nos últimos anos tem beneficiado de significativas ações de reabilitação e requalificação, sobretudo o espaço envolvente, com praças e espelhos de água aprazíveis.
No interior, além de encontrar a pequena Capela de Santa Catarina, funciona um bar-restaurante, afamado pela cerveja artesanal e pelos deliciosos hamburgueres, que garante a animação e o usufruto público integral deste património classificado da Figueira da Foz, com tantas histórias para contar. No topo, com esplanada, poderá desfrutar de magníficas vistas e finais de tarde maravilhosos.
Fortificação costeira, que durante séculos protegeu a vila de Buarcos, até ao século XIX o principal núcleo populacional desta zona litoral. Composta por 3 baluartes, unidos por 2 panos de muralha, a Fortaleza tem estatuto de proteção patrimonial e oferece uma excelente experiência de visitação, com vistas panorâmicas sobre a cidade e o oceano. Apesar de ter sido bastante alterada e diminuída ao longo dos anos, em função da sua perca de utilidade militar, o que resta das muralhas está razoavelmente bem preservado e também vale bem a pena uma visita e um passeio pelas ameias com vista para o mar.
Inaugurado em 2007, o Núcleo Museológico do Sal na Figueira da Foz, nos Armazéns de Lavos, celebra a relação secular entre a população local e as marinas de sal do estuário do rio Mondego. Este espaço educativo e informativo, verdadeiro eco-museu, tem como missão preservar e valorizar a tradição do sal artesanal e o ecossistema das salinas, bem como promover o desenvolvimento sustentável de toda aquela zona, enquanto pólo turístico no sul do concelho.
Toda a envolvente do complexo museológico proporciona experiências únicas e a área expositiva explora cinco temas: definição de sal, sal na natureza, história do sal em Portugal, tecnologia do sal na Figueira da Foz e preservação da natureza. É também o ponto de partida e de chegada da Rota das Salinas da Figueira da Foz, um passeio de baixa dificuldade, por um território rico em diversidade natural, ideal para contemplação e observação de aves.
O Núcleo beneficiou de profundas obras de reabilitação durante 2024, sendo agora parte da rede nacional Quintas Ciência Viva.
Este luxuoso palácio de estilo francês do início do século XX, é considerado o edifício residencial mais imponente e elegante da cidade. Rodeado de amplos e cuidados jardins, a sua decoração interior contou com a colaboração dos melhores artistas da época, apresentando uma extraordinária coleção de mobiliário, pintura ou artes decorativas.
O edifício é hoje propriedade da empresa detentora do Casino Figueira e abre as suas portas para visitas guiadas (dinamizadas pela Pó de Saber) de grande interesse histórico e arquitectónico:
Bilhetes a 5 Euros por pessoa, sendo gratuitos para crianças até aos 12 anos (inclusive). As reservas devem ser efetuadas antecipadamente para o e-mail podesaber.patrimonio@gmail.com ou pelo número 964 460 709.
A Ilha da Morraceira é um dos mais belos tesouros da Figueira da Foz. Oferece uma experiência única para quem deseja conhecer a produção de sal artesanal, a flora e fauna do estuário do Mondego, bem como a aquacultura.
A empresa TimeOff, por exemplo, organiza passeios guiados à ilha, que valem cada um dos quilómetros percorridos. Com trilhos estreitos, mas seguros, os visitantes podem apreciar a beleza ecológica da ilha, enquanto aprendem sobre a produção salineira e outros produtos locais, como algas, salicórnica e ostras.
A ilha também é famosa pelos seus flamingos e garças, que encantam os visitantes com a sua elegância colorida, muitas vezes em grandes bandos que proporcionam oportunidades fotográficas fantásticas.
A maior das Lagoas de Quiaios e Bom-Sucesso e uma das maiores lagoas naturais da Península Ibérica. Não é aconselhada a banhos, mas é um “spot” inigualável em termos de turismo de natureza, com uma enorme biodiversidade, um enquadramento florestal revigorante e estruturas de piquenique, passadiços ou de observação de aves.
Esta é uma cuidada seleção MeetFigueira de restaurantes no concelho da Figueira da Foz, onde certamente não sairá desiludido.