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De 9 de agosto a 31 de outubro de 2025, a Sala Afonso Cruz do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz acolhe a exposição “Latitudes”, uma iniciativa conjunta do CAE e da editora Bruaá, em parceria com o Centro Português de Serigrafia.
A mostra reúne obras de 18 artistas — Alfredo Luz, Ana Jacinto Nunes, Carlos Barroco, Christine Enrègle, Dorindo, Helena Abreu, João Murillo, Laura Cesana, Loli Aldazabal, Luís Lemos, Manuel Carmo, Márcio Ficko, Michael Barret, Miguel Barbosa, Paulo Damião, Rui Horta Pereira e Sofia Areal — numa viagem visual que atravessa geografias, técnicas e linguagens diversas.
O percurso expositivo propõe um olhar abrangente sobre o trabalho editorial do Centro Português de Serigrafia, reunindo peças que vão da serigrafia à gravura, do abstrato ao figurativo, do gesto expressionista à precisão geométrica. A iniciativa pretende também valorizar a ligação entre Arte e Palavra, tornando acessível ao público uma forma de expressão artística simultaneamente original e plural.
O Museu Municipal Santos Rocha (MMSR) apresenta, desde 12 de março, o projeto “Confrontar o Legado Colonial no Museu”, uma intervenção na sua sala de etnografia que propõe uma reflexão crítica sobre a origem e os significados da sua coleção etnográfica. A exposição, patente até 31 de outubro de 2025, resulta do projeto de investigação TRANSMAT – Materialidades Transnacionais (1850-1930), desenvolvido em parceria da Universidade de Évora com o Instituto de História Contemporânea, o Laboratório Associado IN2PAST, o MMSR e o Museu Nacional de Arqueologia..
Mais do que expor objetos, a mostra analisa “os contextos históricos da sua recolha, os seus itinerários e os significados que lhes foram atribuídos ao longo do tempo”, explicam os organizadores. A iniciativa confronta a museografia de 2014 com novos dados sobre as coleções transnacionais dos museus de arqueologia fundados no final do século XIX, que seguiam “narrativas evolucionistas e racializadas”. No Museu Municipal Santos Rocha este acervo, constituído nos primeiros anos de existência do espaço museológico (1893-1910), está hoje visitável nas Reservas e na Sala de Etnografia.
Inserida na conferência internacional IN2PAST 2025, dedicada à descolonização dos museus, a exposição será acompanhada por ações educativas e debates que incentivam o público a repensar o património do MMSR.
O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz apresenta, no Auditório João César Monteiro, uma sessão de cinema com o filme “O Último Azul”, de Gabriel Mascaro.
Sinopse: O novo filme de Gabriel Mascaro, num regresso em grande forma, mostra-nos um Brasil distópico onde os mais velhos, considerados um fardo para aqueles que ainda trabalham, são enviados para uma colónia longínqua. A veterana Denise Weinberg, num dos grandes papéis da sua carreira, é Tereza, uma mulher de 77 anos que se revolta contra a sociedade idadista, embarcando numa viagem mágica pelas águas da Amazónia para realizar um último sonho e reclamar a sua liberdade. Este boat movie, como muitos já o apelidaram, fez furor no Festival de Berlim, confirmando um novo fulgor do cinema brasileiro.
Prémios: Festival de Berlim 2025 – Urso de Prata do Grande Prémio do Júri, Prémio do Júri Ecuménico | IndieLisboa 2025 – Rizoma | Festival de Guadalajara 2025 – Melhor Filme Ibero-Americano+
Realização: Gabriel Mascaro
Intérpretes: Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarras
Género: Drama
Origem: Brasil, 2025
Duração: 1h26
M/12
Bilhetes 4€ | À venda na bilheteira do CAE e na Ticketline.
O Quartel da Imagem, recebe a apresentação da obra Breve História dos Judeus em Portugal – Revista e Aumentada, da autoria de Jorge Martins, publicada pela Âncora Editora (outubro de 2024).
A sessão, com entrada livre, contudo, limitada à lotação da sala, contará com a presença do autor e do editor.
Publicado originalmente em 2009 e agora revisto e aumentado, esta “nova” Breve História dos Judeus em Portugal irá ao encontro da curiosidade e do interesse de todos os leitores que procuram conhecer melhor a componente judaica da identidade portuguesa, profundamente enraizada na história nacional desde os seus primórdios.
Segundo o autor, a obra contribui para o reconhecimento da vertente judaica da identidade portuguesa, tantas vezes esquecida ou silenciada, apesar da perseguição sofrida ao longo dos séculos, em especial durante a ação da Inquisição.
Sobre o autor: Jorge Martins nasceu em Lisboa em 1953. É investigador, professor e autor de diversos estudos dedicados à história do judaísmo português e da Inquisição. Doutorado em História Contemporânea pela Universidade de Lisboa, tem desenvolvido investigação sobre a presença judaica em Portugal e sobre as comunidades sefarditas na diáspora. Para além de manuais escolares, é autor de diversas obras de ficção e ensaio, sobretudo dedicadas aos estudos judaicos e inquisitoriais, entre as quais Portugal e os Judeus (3 vols., 2006), A República e os Judeus (2010), Maria Gomes, Cristã-nova, 117 anos (2012) e Os Pessoa na Inquisição (2022).
O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz apresenta, no Grande Auditório, um espetáculo com Ara Malikian – “Intruso”.
Depois de um inesquecível concerto no CAE em 2024, Ara Malikian, considerado um dos mais virtuosos violinistas contemporâneos, está de volta ao palco do Grande Auditório para mais uma noite que, decerto, ficará na memória do público.
Ara Malikian apresenta a sua nova digressão “Intruso”. Esta extraordinária digressão de concertos é uma exploração profunda e pessoal da questão da pertença e do desenvolvimento de uma identidade multicultural. De sentimentos de alienação à perceção de que a arte e a música podem conduzir a um lar global, o violinista de renome mundial partilha a sua história de uma forma fascinante. Nascido no Líbano como arménio, Malikian experimentou desde cedo o que significa não se sentir verdadeiramente em casa em lado nenhum.
Bilhetes 35€ por pessoa | À venda na bilheteira do CAE e na Ticketline.
Está patente no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz a exposição ODETE DE SOUSA 70: em Setenta, há inspirações e influências que se vão fundindo, uma vida de experiências que se transfigura em forma e cor, numa mostra onde se dá a descobrir o universo singular de Odete de Sousa.
Dessa amálgama pessoal e artística, nasceram estas peças que deram muito prazer a fazer. Trabalhadas com liberdade e intuição, elas exploram convidando a um diálogo sensorial e emotivo.
A artista prescinde de uma explicação, pois acredita que a força da obra está no olhar de quem a vê.
Esta exposição não se impõe; sugere. Cabe a cada visitante encontrar a sua própria narrativa, tirar as suas conclusões e usufruir do puro divertimento da descoberta.
Sala Zé Penicheiro| Entrada livre