Em 17 de julho de 1893 a Câmara Municipal recebeu 7 propostas para o projeto do atual edifício dos Paços do Concelho. Só 3 propostas foram apreciadas, uma das quais da autoria de Ventura Terra. Foi selecionada a da dupla de italianos Cesare Ianz (autor da fachada do Coliseu de Lisboa, em 1888) e F. Giuseppe Fiorentini.
A construção foi iniciada em 5 de Maio de 1894, após um empréstimo bancário por parte da câmara, e tendo ficado concluída no final de 1897.
No piso térreo situava-se o Tribunal e o Cartório. No primeiro andar o Salão Nobre e os gabinetes do Presidente e dos Vereadores, o Museu, a Biblioteca e o Arquivo. No segundo andar encontrava-se a Escola Industrial e outros serviços municipais.
A decoração do Salão Nobre deve-se ao suíço Ernesto Korrodi que iniciou o projecto em 1909. O teto do Salão Nobre tem trabalhos em estuque e no seu centro existia um pano de arras oriundo da fábrica de Tavira, hoje no Museu, e vários frisos e sobreportas também em estuque, com simbologia relacionada com o município. Atualmente possui uma tela de Pedro Alexandrino, a Aparição da Virgem do Carmelo a Simão Stock, um retrato de Manuel Fernandes Tomás, executado por Gilberto Renda no século XIX, e um outro retrato do arqueólogo Dr. Santos Rocha, de artista desconhecido.
O relógio exterior só foi colocado em 1941.
Autor: Fernando Curado
Sede da Paróquia da Figueira da Foz, é um dos principais templos católicos do concelho e foi edificado, na sua versão atual, em 1716, tendo beneficiado de grandes melhoramentos em 1778. A sua construção original, no entanto, remonta ao século XVI, tendo sido erigida com a ajuda de 7.000 reais concedidos pelo cabido da Sé de Coimbra, um dos grandes senhores proprietários da região na altura, ao Concelho de Buarcos para a construção da Igreja de São Julião da Foz do Mondego. Em excelente estado de conservação, mantém plena atividade litúrgica e merece sem dúvida uma visita demorada.
Um dos edifícios mais marcantes de frente ribeirinha da cidade, a Casa do Paço é também um dos que tem uma história mais rica, com diversas “vidas” e funções desde que foi construído no século XVII, como fica bem claro no excelente artigo de Fernando Curado, com link abaixo. Começou por ser a habitação de veraneio do Bispo Conde de Coimbra, D. João de Melo. O edifício foi propriedade da família Melo até ao século XIX, tendo tido desde então vários proprietários e usos, inclusive como sala de visitas protocolar da Figueira da Foz.
A sua coleção de azulejaria holandesa de inícios do século XVIII, com cerca de 7 mil azulejos, cada um uma obra individual, é única no mundo e merece sem dúvida uma visita demorada. Também já foi museu e sede de diversas entidades, albergando agora a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, comércios e serviços.
Um verdadeiro ícone da paisagem litoral figueirense, esta imponente fortificação costeira protegeu a barra e a baia da Figueira da Foz durante séculos, seja na sua função como farol (entre 1988 e 1991), seja na sua função militar, tendo tido particular protagonismo nas Invasões Napoleónicas, como atesta de resto a inscrição que se pode ler à entrada:
PADRÃO COMMEMORATIVO DO 1º CENTENARIO DO INICIO DA LUCTA / DOS POVOS DESTE CONCELHO CONTRA O JUGO NAPOLEONICO, OS QUAES, SOB O COMMANDO DO ACADEMICO BERNARDO ANTONIO ZAGALO E / ASSOCIADOS AOS VOLUNTARIOS ACADEMICOS E AOS / POVOS DE MONTEMOR E TENTUGAL PUZERAM CERCO / A ESTE FORTE NO DIA 26 / DE JUNHO, OBRIGANDO-O A / RENDER-SE NO DIA SEGUINTE / MANDADO FAZER PELA / COMMISSÃO ADMINISTRATIVA / FIGUEIRA DA FOZ 26-6-908 / A COMMISSÃO ADMINISTRATIVA
O Forte foi construído entre o século XVI e XVII, assistiu a diversas batalhas mas há muito que é um local privilegiado de paz e lazer e nos últimos anos tem beneficiado de significativas medidas de reabilitação e requalificação, sobretudo o espaço envolvente, com praças e espelhos de água aprazíveis. No interior funciona um bar-restaurante, que garante a animação e o usufruto público integral de património classificado da Figueira da Foz, com tantas histórias para contar…
Também designado Povoado Fortificado de Santa Olaia, este sítio na freguesia rural da Ferreira a Nova, tem uma enorme importância arqueológica, sendo uma “montra” de diferentes povos que durante milénios povoaram a região da Foz do Mondego. O local apresenta sinais de ocupação intensa desde o Neolítico, passando pela Idade do Bronze, Idade do Ferro, pelos romanos e pelo período medieval, tendo sido este monte a sede um castelo importante à época da fundação da nacionalidade e da reconquista.
A presença Fenícia é também particularmente marcante, sendo um dos principais entrepostos portugueses fenícios já estudados e investigados, trabalho que se iniciou com o célebre arqueólogo figueirense António dos Santos Rocha, pioneiro da arqueologia nacional, no século XIX. Os objetos fruto dessas e outras escavações posteriores encontram-se no Museu Municipal da Figueira da Foz.
Na Vila de Buarcos, junto à muralha e sobranceira ao mar, esta bela capela renascentista apresenta aspetos manuelinos e barrocos, tendo sido edificada em 1536. O templo foi saqueado em 1602 por uma força corsária inglesa, tendo sido despojado das suas riquezas originais, mas foi sendo reabilitado e continua a ser um ponto de interesse patrimonial (classificado), sobretudo no interior, destacando-se as belas coberturas em azulejo e as talhas douradas.
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