O Gliding Barnacles é um evento que durante cinco dias reúne multidões de todo o mundo para uma ode ao surf, à arte e à música. Esta 9ª edição decorrerá entre 7 e 11 de Setembro.
Ao longo dos últimos nove anos, o Gliding Barnacles transformou uma cidade costeira periférica no contexto do surf nacional, num ponto central internacional da cultura de surf clássico.
“Numa cidade conhecida pelo turismo de praia, mas ainda longe do radar enquanto destino de surf, decidimos criar um evento, envolver a comunidade local e atrair ainda mais pessoas.” conta Eurico Gonçalves, fundador do evento. “O nosso desejo de aproximar o mar à cidade conseguiu transformar a Figueira da Foz num espaço que une, anualmente, os quatro cantos do mundo através da cultura do oceano, da arte, da música e da gastronomia”.
O Gliding Barnacles nasceu da vontade de elevar a Figueira da Foz e promover a cultura do Atlântico junto de pessoas vindas de todo o mundo, através da partilha de ondas, pranchas, música, arte, gastronomia e vinho.
O surf não é encarado como um desporto, mas sim como uma expressão criativa e artística. Nessa lógica, a competição é substituída por “expression sessions” não competitivas. Nestas sessões, surfistas como Clovis Donizetti, Jules Lepecheux e Mele Saili, têm oportunidade de demonstrar, em regime livre, o seu estilo, criatividade e inovação, não havendo lugar para critérios como quantidade de ondas ou manobras como normalmente acontece em competições desta modalidade.
A música marca o ritmo do evento ao longo dos cinco dias. Durante o dia, o palco tem como fundo o oceano Atlântico e as milhares de pessoas que frequentam a Praia do Cabedelo. À noite, a plateia agita-se com um alinhamento de artistas nacionais e internacionais, numa mistura de bandas emergentes com nomes que já são da casa, como Ian Svenonious, Da Chick, El Señor, Subway Riders e Victor Torpedo and the Pop Kids. Do rock às músicas do mundo, visita-se ainda o indie pop, o punk, o jazz, a eletrónica e o afrobeat, numa programação verdadeiramente eclética que está intimamente ligada à heterogeneidade do público que os visita.
O Gliding Barnacles promove ainda um “hub criativo” na Praia do Cabedelo, com uma série de residências artísticas em diversos formatos (intervenção em murais, construção de pranchas, serigrafia, tatuagem, artesanato, pintura, escultura, design, exposições, olaria, entre outros), através do convite a artistas e artesãos locais, nacionais e internacionais, como Fiumani, Sick Faces, Leonor Cunha e Sofia Cruz, para intervir de forma inovadora e disruptiva, em tempo real, dentro e fora do espaço do evento.
A gastronomia tem também lugar de destaque nesta nona edição, com um Street Food Market onde convivem de forma orgânica projetos locais emergentes (Filipe Soares, Rui Reigota, Pedro Peixoto) e chefs com estrela Michelin (Diogo Rocha).
Na edição de 2019 (que não foi afetada pelas restrições pandémicas) o Gliding Barnacles recebeu cerca de 200 convidados vindos de 30 países do mundo e alcançou o número de, aproximadamente, 1500 participantes e visitantes. As atividades promovidas no evento atraíram entre 2000 a 4000 pessoas por dia.
texto e fotos cedidos pela organização