A aprovação do projeto ocorreu em 1942 e a obra decorreu durante 5 anos, tendo ficado concluída em 1947. Uma obra pela qual o Ministro das Obras Públicas, Engº. Duarte Pacheco, se interessou pessoalmente, visitando o local em 1943. Não a chegou a ver concluída, pois faleceu no mesmo ano em que a visitou, com 43 anos de idade, num brutal acidente de viação.
A Torre do Relógio foi inaugurada em 1950, após longos anos de fortes polémicas, por ter sido considerada por muitos “uma agressão à leitura harmoniosa e ampla” do espaço envolvente, conforme jornais da época.
Os defensores da sua construção defendiam o “intuito de quebrar a horizontalidade da praia e a necessidade de enquadrar o desenvolvimento da avenida e sinalizar a navegação marítima…”.
A obra surge num contexto de modernização e expansão da cidade, no sentido de Buarcos, incluindo a construção da Avenida Marginal, a construção da Esplanada e as escadarias de acesso à praia.
A Torre tem 23 metros de altura, recebeu um relógio de sol em 1949 e um relógio mecânico nos anos 70.
Os autores do projeto foram o arquiteto João António de Aguiar e os engenheiros Henrique Óscar Ferreira e José Nunes da Costa Redondo, que idealizaram um método construtivo pouco usual, prescindindo do betão armado e utilizando uma estrutura mista de aço e alvenaria de pedra.
Nunca chegou a possuir um sistema de sinalização marítima, como inicialmente previsto, mas durante muitos anos difundiu emissões de rádio a partir do posto de turismo situado na Esplanada Silva Guimarães.
A Torre do Relógio está classificada como Imóvel de Interesse Municipal, desde 2004, pelo Instituto Português do Património Arquitetónico.
















